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domingo, 15 de março de 2015

Quantitative Easing na zona Euro, os custos e os riscos não são mais importantes que os efeitos positivos?

Por mais que nos queiram fazer crer, que graças á injecção de milhões de euros nas economias europeias, isso resultará na retoma económica, ora talvez não seja bem assim. Esta medida desesperada, de último recurso, comporta muitos riscos e as consequências podem ser gravíssimas para as economias europeias. Este artigo dá algumas luzes sobre o assunto.

Quantitative Easing na zona Euro: os custos e os riscos não são mais importantes do que os efeitos positivos?

" O Quantitative Easing na zona Euro vai conduzir a importantes transtornos financeiros:

  • taxas de juro negativas;
  • risco de bolha em acções europeias;
  • desmoronamento dos prémios de risco ( de défaut e divida soberana);
  • desmoronamento dos prémios de termo ( term premiums ) e nivelamento da curva de taxas de juro;
  • acumulação para os investidores de activos financeiros de risco sem os respectivos prémios de risco (risk premiums) normalmente associados;
  • e como consequência  um risco de degradação irreversível da política monetária extremamente expansionista;
  • incitação para os governos a não corrigirem o défice público.
Estes transtornos e riscos são aceites pelo BCE; Qual é o objectivo que o conduziu a  aceitá-los ?

Não se deve sobre-estimar estes custos e riscos : o que vai acontecer no futuro quando o BCE parar o Quantitative Easing ?

Ler o artigo ao completo na FONTE.
Mais sobre o sujeito AQUI.

Resta ainda saber, se o dinheiro que o BCE injectará nos Bancos Centrais, servirá mesmo a relançar o crescimento económico, ou será, para a Banca, ir especular no mercado financeiro, "esquecendo-se" assim de fornecer o crédito necessário ás PME ?

sexta-feira, 6 de março de 2015

Jacques Sapir: Sinopse á Comissão Europeia

Alguns extractos de um excelente artigo do brilhante economista Jacques Sapir que eu conselho vivamente a ler na integra no seu blog.

« O texto de J.M. Keynes sobre a necessidade de uma auto-suficiência nacional revela-se estranhamente actual e perturbador. Hoje, como em 1933, acumulam-se as razões para meter em duvida o Livre-Comércio. Especialistas do Banco Mundial têm brutalmente revisto em baixa as suas estimações dos "ganhos" de uma liberalização do comercio internacional, sendo que eles são calculados sem referência a possíveis custos. »

« Mesmo os investimentos estrangeiros, muito tempo considerados como a solução milagre do desenvolvimento, hoje são postos em causa. A concorrência  em que se envolvem muitos países para tentar atraí-los tem claramente efeitos negativos no domínio social e da protecção do ambiente. »

« É na oposição entre a realidade social dos produtores, inserido num contexto nacional bem especifico, e a dimensão apátrida dos capitalistas que ele identifica a principal contradição. »

« Keynes também vê nesta oposição um risco de guerra. Para ele, o que nós chamamos hoje de Globalização não é um vector de paz. Esta não pode ser garantida que por um retorno aos quadros nacionais. A proliferação de conflitos militares e as intervenções armadas desde o fim da "Guerra Fria" parecem-lhe dar tragicamente razão. »

« A defesa da auto-suficiência por Keynes justifica-se não apenas em nome da paz. O Livre-Comércio, e em particular a circulação liberalizada do capital, priva as nações de liberdade na sua escolha social. Ele condena a termo a existência da propriedade privada e impede o funcionamento das instituições democráticas. Este é um ponto que nós podemos compartilhar hoje totalmente. »

« Mas é claro que ele não vê nenhum outro futuro que o caos, a ditadura e a guerra no prosseguimento do Livre-Comércio. Este conduz a aceitar unicamente como valor, o das finanças. Sua recusa do Livre-Comércio é também a recusa de uma tendência de reduzir tudo ao estatuto de mercadorias, processo no qual ele vê a destruição final da cultura humanista ocidental. »

FONTE: Blog de Jacques Sapir

domingo, 1 de março de 2015

Michael Snyder: A escravidão pela dívida

« A maioria dos americanos passam as suas vidas a trabalhar para os outros, a pagar suas dívidas aos outros e a executar tarefas confiadas por outros. Nós não gostamos de considerar-nos como servos ou escravos, mas isto é o que a grande maioria de nós é. O mecanismo da nossa alienação tornou-se apenas mais complexo com o tempo. O mutuário torna-se o servo do seu credor, e a maioria de nós entra muito cedo na espiral da dívida no início da vida adulta. Na verdade, aqueles que fazem estudos superiores, são susceptíveis de entrar na vida activa com uma quantidade fenomenal de dívida. E isso é apenas o início do processo de acumulação de dívida. »

FONTE