Encontramos uma aversão tão forte ao cristianismo por parte dos pagãos, de um modo geral, que somos obrigados a questionar esta coisa de "
paganismo". É que escutando os argumentos e declarações de pagãos e judeus, perguntamos-nos qual a diferença ? Não são assim tão diferentes de um judeu ou de um filosemita como Nietzsche. Este último via na Igreja o mal da humanidade mas não se sentia minimamente importunado com os inúmeros judeus e rabinos que viviam á sua volta na Alemanha. É ocasião para interrogarmos-nos o porquê de, ser neste pensador do séc.19 (entre muitos outros) que muitos pagãos encontram inspiração ?
Não significa que todos sejam assim, mas de uma maneira geral a maioria professa, talvez sem o saber, o mesmo ódio para com o Cristianismo que os judeus igualmente professam. Isto é curioso. Talvez seja lícito pensarmos como o Abade Meinville: "
O paganismo está de retorno, mas sob a tutela do judaísmo."
De Nietzsche a Benoist
Tomemos o exemplo de Nietzsche á letra, que pouco ou nada critica o Judaísmo ou o judeu salvo para acabar sempre e sempre a descarrilar o seu ódio contra o cristão. Criticas ao Cristianismo vocês vão encontrá-las em abundância, apenas teriam dificuldades em escolher uma se a isso fossem obrigados. Mas se por um lado não encontramos críticas aos judeus, excepto para bem centrar o seu ódio c para já vamos conseguir enxergar alguns elogios ao "povo eleito" aqui e ali, meio dissimulados:
"... respeito perante o Antigo Testamento! Nele encontro grandes homens, uma paisagem heróica e algo raríssimo sobre a terra, a incomparável ingenuidade do coração forte; mais ainda, encontro um povo. No Novo, porém, nada senão pequeninas manobras de seitas, nada senão rococó da alma, nada senão volutas, tortuosidades e bizarrias, mero ar de conventículo, não esquecendo ainda um ocasional sopro de doçura bucólica, próprio da época (e da província romana) e não tanto judeu quanto helenístico." [
1].
E detestava odiosamente todos os anti-semitas:
"...tampouco me agradam esses novos especuladores em idealismo, os anti-semitas, que hoje reviram os olhos de modo cristão-ariano-homem-de-bem, e, através do abuso exasperante do mais barato meio de agitação, a afectação moral, buscam incitar o gado de chifres que há no povo..." [
1]. Mais uma:
"Nós artistas entre os espectadores e os filósofos nos sentimos reconhecidos por isso — aos judeus." [
2]
Hitler admirava este homem ? Em que sentido ? Estes pequenos extractos de Nietzsche são apenas uns poucos no meio de tantos. Hervé Ryssen, um historiador e talentoso escritor, examinou toda a obra de Nietzsche e chega a esta conclusão:
"Em cada um dos seus livros, Nietzsche balança os seus aforismos em desordem, a granel, sem dar a impressão de nenhuma acção de sequência no seu pensamento, e, na maior parte do tempo, sem nada explicar ao leitor. É por isso que você balbucia, ao ler a sua prosa. "Descartes é superficial", escreve ele por exemplo, sem nenhuma explicação [3]. Seus leitores vão assim pensar estar a lidar com um génio. [...] O sucesso de Nietzsche, obviamente, gozou da complacência das autoridades morais dominantes, que viram nele principalmente um meio de enfraquecer a Igreja." (Ryssen apenas considera "Zarasthrouta" como uma excepção, uma obra de arte da literatura).
E aqui vemos como um escritor vulgar, fica um génio graças ao domínio judeu sobre a Alemanha, que ele mesmo Nietzsche reconhece. O mais intrigante é que vamos encontrar Hitler como um grande admirador deste puro anti-cristão e filosemita! Mas que viu Hitler que nós não vimos ?
Avançando, não será hora de nos questionarmos sobre este movimento pagão ? Se houver dúvidas, vejamos um outro grande pensador da nossa época, Alain de Benoist, um grande intimo do falecido judeu Arthur Koestler. (Arrrgh! Mais um pagão influenciado por um semita! [
4]) Este, do qual temos muitas conferências e artigos disponíveis na web, vamos encontrar igualmente muitas críticas ao Cristianismo, num estilo mais correcto, menos grosseiro que Nietzsche. Benoist é um grande defensor da cultura europeia, sem dúvidas, mas apesar de tudo e, tal e qual como Nietzsche, não vamos encontrar uma só critica ao Judaísmo nem ao judeu. Mas porque será ? Porventura é o Cristianismo que domina a oligarquia financeira apátrida ? Porventura é o Cristianismo que abriu as portas a toda esta imigração ? Porventura é o Cristianismo o causador dos milhões de mortos da 1ª e 2ª guerra mundial ? Dos milhões de mortos do Bolchevismo ? É ele o causador dos transtornos em todo o Médio-Oriente ? Foi ele que roubou a terra aos Palestinianos ?
Não quero com isto lançar duras críticas ao paganismo ou neo-paganismo ou lá o que lhe desejem chamar. Mas eu não estou de acordo com esses movimentos pagãos ou no mínimo olhá-los com desconfiança, e pessoalmente sou anti-pagão e pró-cristão. Isto não me desobriga de admirar a pertinência de certos pensadores como Alain de Benoist, uma mente brilhante em suma. Não me impede de ler e ter o gosto da mitologia pagã. Mas não sabemos o porquê, o judeu e o Judaísmo ficam sempre esquecidos ao contrário do cristão e Cristianismo que são sempre e constantemente criticados.
Algo não está certo com estes movimentos. Pelo passado, onde o judeu tenha surgido, sempre criou os mesmos problemas seja em que época for e em relação com qualquer que seja a crença dominante. Isto é perfeitamente verificável se lermos os historiadores da antiga-Grécia e alguns do Império Romano. Mas a tendência do pagão e ateu é o de sempre acusar o cristão de todos os males do judeu. Levando qualquer pessoa menos advertida a pensar que o Cristianismo é a causa da propagação do câncer talmudista. Na antiga-Grécia, o Cristianismo não existia. Mas talvez um pagão há-de sair algum dia com a seguinte: "Vocês é que foram os culpados!"; ou talvez se encontre um manuscrito da antiga-Grécia a culpar os cristãos (sic).
No tempo do Império Romano, o Cristianismo começa-se a difundir e aos poucos os pagãos romanos vão tal e qual como Nietzsche e Benoist na nossa época, esquecer os judeus. É curioso isto! Nós vamos mesmo encontrar os judeus muito próximos de alguns Imperadores Romanos, do menos com a influência necessária de maneira a incentivá-los a matar cristãos. Esta influência é de tal maneira que a sociedade romana acaba por favorecer a comunidade judaica como o constata o historiador Jean Juster: "
Mas a sua característica é, de um ponto de vista político, a defesa dos judeus e aprovação do seu particularismo nacional..." [
5]. Para não sairmos fora de contexto com esta citação de Juster, a "característica" á qual ele se refere, diz respeito aos ataques lançados contra o Cristianismo. Justifica-se então a razão pela qual certos historiadores afirmam que a comunidade judaica detinha alguma influência junto ás autoridades romanas, chegando como citado acima, a influenciar certos Imperadores. Diz-se mesmo, por exemplo, que a esposa de Nero era judia [
6].
Hitler e o paganismo
Tem de se esclarecer muitos mitos á volta do paganismo de Hitler ou da Alemanha Nazi. Os NS (nacionais-socialistas) actuais, reclamam-se herdeiros do neo-paganismo supostamente emanante da Alemanha nazi. Ora, particularmente, se observarmos sobretudo o começo do NSDAP, observamos que isto não é verdade [
7]. Em claro o partido de Hitler nunca se reclamou de alguma crença pagã seja ela qual for. Pelo contrário, parece que se tiver de se reclamar de alguma crença, ele declara pertencer a um “cristianismo positivo” sem alegar alguma confissão em particular. [
8]
Deve-se considerar que quase todos os dirigentes NS eram cristãos. A grande maioria dos soldados alemães eram cristãos. Não são raras as vezes em que os arqueólogos encontram restos de soldados alemães mortos há mais de 70 anos, em que não tenham uma cruz nos seus haveres.
Alguns podem alegar que tal e tal dirigente NS tenha criticado o Cristianismo, isto é certo, mas não nos leva a concluir que o NSDAP era anti-cristão e pró-pagão. Nem os problemas existentes a uma época entre a Igreja e a Alemanha nos permitem afirmar tal coisa. Por testemunho temos o artº 24 do programa do partido que contraria esta visão que alguns desejam ou desejariam inculcar por conveniência á Alemanha Hitleriana.
O 1º sionista-messiânico de todos os tempos
: um pagão!
Foi aliás, e pode-se dizer com uma certa ironia, que o primeiro grande sionista-messiânico deste mundo, foi um Imperador Romano pagão: Júlio, o Apóstata. Este assim que lhe foi possível assumir o poder, instaurou o paganismo. E o curioso desta história, é que se resolveu a construir o Templo dos judeus, para além de os admirar. E as obras de construção do Templo começaram, mas infelizmente para os judeus, pararam assim que o Imperador morreu. É curioso não ? Ficaríamos menos espantados se fosse um judeu a fazê-lo, mas não, foi um pagão o primeiro grande sionista-messiânico! Se julgava que fosse um cristão, um budista, um ateu, um judeu... enganou-se completamente. Era um pagão! Talvez não seja exagerado qualificarmos Júlio o Apóstata, como o pai do sionismo-messiânico, pelo menos o seu grande precursor. Exagerando um pouco, perguntamos-nos então com que autoridade um pagão pode-se dizer anti-sionista se o primeiro dos sionistas da história da humanidade foi precisamente um pagão ? Imaginem só, Júlio, o Apóstata e Joseph Nasi terem vivido á mesma época ? Juntar-se ia a fome com a vontade de comer.
Isto dito, nem sempre o paganismo viu com maus olhos o Cristianismo, como é o caso sobretudo do paganismo nórdico e celta dos então ditos "
bárbaros". O factor "
judiofílico"" não estava presente ou misturado entre os pagãos bárbaros, daí a relativa e fácil compreensão. Como então poderia um pagão reivindicar-se legitimamente anti-cristão se os ancestrais pagãos europeus acolheram de mãos abertas o Cristianismo ?
Poderíamos aprofundar a história do paganismo e a sua relação com os judeus com mais precisão. Por exemplo lembro-me de uma excepcional que me vem á mente: cada vez que os gregos e cristãos importunavam as festas judaicas, eram punidos pelos dirigentes romanos com trabalho forçado nas minas. [
9] Aí de aquele que criasse confusão numa festa judaica! O paganismo greco-romano tratava logo de o punir, fosse ele pagão ou cristão!
Contava sobretudo não importunar os talmudistas.
Pode-se questionar o paganismo de mil e uma maneiras e pôr em destaque a sua estreita colaboração com o semitismo. Coisa que estes não cansam de acusar o Cristianismo como se tivessem as mãos limpas. Olhemos para alguns deuses semitas do panteão greco-romano a título de exemplo: Mitra, Sérapis, Taweret... Que pensar deste semitismo nas divindades greco-romanas ? Existem várias divindades semitas no paganismo greco-romano. Alguns dirão: mas não são divindades judaicas. Certo, mas são deuses semitas, tal e qual os judeus ou egípcios o são. O sangue é o mesmo. Não é por um português ser português ou por um grego ser grego que deixam de ter sangue ariano, certo ?
Origens do melting-pot ocidental: o paganismo greco-romano
Parece também, que foi na época do greco-romanismo que assistimos a uma espécie de cosmopolitismo, e certamente a 2ª civilização, após a Egípcia, a por em prática o melting-pot á americana. Tal e qual como Barack Obama surge á frente dos USA, nós vimos um árabe surgir á frente do Império Romano. A um momento é dada a nacionalidade romana a todas as populações dentro do território, fossem eles de que raça fossem. Razão pela qual vamos encontrar um árabe como Imperador: Filipe, o Árabe. Este é o mesmo processo que os judeus hoje utilizam para todos os imigrantes que desembarcam na Europa, dar-se lhes a nacionalidade dos autóctones e seguidamente oferecer-lhes cargos de relevo. É caso para ousarmos dizer que o melting-pot á americana inspirou-se nas "
virtudes" pagãs
melting-potianas do greco-romanismo.
Conclusão
Á parte as minhas incisões algo provocatórias ao paganismo, que nada mais são que uma maneira de demonstrar que se pode facilmente retornar contra os actuais movimentos neo-pagãos o que estes incessantemente culpabilizam o Cristianismo, de ser uma via do semitismo talmúdico. Como pretender a esta acusação se foi do meio do paganismo que surgiu o primeiro sionista-messiânico ? Como ousar acusar os cristãos como a causa do melting-pot se a nossa civilização actual herdou do paganismo greco-romano esse mesmo melting-pot ?
Obviamente reconheço em toda a sinceridade que estes casos todos não significam que tenham sido causados pelo paganismo em si. Mas eles desenvolveram-se num ambiente pagão. Isto é factual. E tocamos somente em alguns pontos, porque a matéria daria para escrever um longo livro. [
10] Não é por acaso que um cristão olhe com uma certa desconfiança para estes movimentos pagãos.
Os neo-pagãos devem reconhecer sucintamente, que apenas estão a fazer o jogo dos cabalo-talmudistas a cada vez que acusam o Cristianismo disto e daquilo. A maioria das acusações são apenas simples mentiras que se propagaram desde a época Iluminista até aos nossos dias.
Autor: Gang2 Ervilha
Notas:
[
1]
http://neppec.fe.ufg.br/up/4/o/Genealogia_da_Moral.pdf
[
2] §250
http://ghiraldelli.pro.br/wp-content/uploads/alem-do-bem-e-do-mal.pdf
[
3] §191
http://ghiraldelli.pro.br/wp-content/uploads/alem-do-bem-e-do-mal.pdf
[
4]
http://files.alaindebenoist.com/alaindebenoist/pdf/entretien_sur_le_paganisme.pdf -
"Eu devo por exemplo a Arthur
Koestler, que recebeu-me várias vezes em Londres nos seus ultimos anos
de vida, de me ter introduzido a uma critica rigorosa de todas as formas
de reducionismo."
[
5]
Les juifs dans l'Empire Romain, p.34
[
6]
http://gangdaervilha.blogspot.pt/2015/09/os-judeus-no-tempo-das-persecucoes.html
[
7] Ver artº 24 -
http://www.hitler.org/writings/programme/
[
8] Por “
confissão em particular” entenda-se entre catolicismo, protestantismo, ortodoxo, etc, etc.
[
9] «
Protecção das reuniões judaicas.
Os Gregos pertubavam, de facto, ou interdiam por leis, decretos especiais; mais tarde, os cristãos, com a sua propaganda, suscitavam tumultos. A autoridade romana sempre se manteve do lado dos judeus: ela fez retirar ás cidades os seus decretos especiais e pune os Gregos e cristãos pertubadores. Neste caso, estes eram culpados de injuria extrema que terminava por serem enviados para as minas. (nota: assim o futuro Papa Calisto foi enviado para as minas da Sardenha por ter perturbado uma reunião judaica...)» Ver aqui.
Les juifs dans l'Empire Romain, p. 412
[
10] Já agora olhemos para alguns dos versos nórdicos de “
Wola, a Sábia”, para constatarmos mais "
semitismos" (sic):
«
1- Escutai-me, filhos de Heimdall, inteligências santas, superiores e inferiores! Quereis que vos conte os prodígios feitos pelo pai das predestinações ? Eu aprendi cedo o antigo canto sobre os homens.
2- Eu lembro-me dos gigantes nascidos com o nascer dos dias, esses gigantes que em tempos me ensinaram a sabedoria. Eu lembro-me dos nove mundos, dos nove céus; eu vi brilhar a primeira matéria ainda enterrada na terra.
(Biblia: os gigantes assemelham-se aos Nephilims de Gén. e no livro de Enoch é dito que os gigantes ensinaram a sabedoria aos humanos. Arrrrgh! Um semitismo!)
3- A manhã pertencia ao tempo, logo que Ymer se pôs a construir; não havia areia, não havia mar, nem vagas frescas. A terra não existia, nem o céu elevado; não havia erva, mas somente o abismo de Ginnung.
(Biblia: Gn 1:2 - Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo. Arrrrgh!! Ora aqui está um outro semitismo!)
4- Até ao momento em que a abóboda celeste foi levantada pelos filhos de Boer, essas criaturas magnificas de Midgard; o sol até lá só enviava os seus raios sobre as montanhas geladas; e desde então as plantas verdes cresciam no solo.
5- O sol, esse amigo da lua, estendia com vivacidade a sua mão direita para o sul, sobre os cavalos do céu. Ele não sabia onde estavam as suas casas, as estrelas não sabiam onde se fixar, a lua ignorava o poder que dispunha.
6- Então todas as potências, os deuses santos, dirigiram-se para os seus tronos para entrar em deliberação. Eles deram nomes á Noite e aos seus filhos. A Manhã, a Tarde e o Anoitecer foram encarregados de contar os anos.
(Biblia: Gn 1:5 - Deus chamou à luz dia, e às trevas chamou noite. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o primeiro dia. Arrrrrrrrgh! Ora aqui está mais outro semitismo!)
Tomei a liberdade de usar um ton sarcástico, mas podemos ver quantos "semitismos" quisermos e desejarmos seja qual for o recito nórdico-pagão. E a verdade é que existem muitas e muitas semelhanças que levantam muitas questões sobre uma antiguidade comum desconhecida. Obviamente não significam que sejam "semitismos", é só para demonstrar que "semitismos" existem em todo o lado, basta utilizar as ginasticas retóricas dos neo-pagãos e revertê-las contra eles mesmos.