Aba_horizontal

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Valeryi Korovine. Acordos de Minsk: sem garantia. Decisão de guerra...

Eis aqui a tradução de uma pequena parcela, de um artigo de Valeryi Korovine. Não é uma análise muito optimista, nem muito pessimista, apenas e simplesmente, realista.

Valeryi Korovine. Acordos de Minsk: sem garantia. Decisão de guerra...


Desde esta quinta-feira (onte-ontem), 12 de Fevereiro 2015, no final da manhã, para nós, Valeryi Korovine fornece uma análise «a quente» das negociações que se terminaram em Minsk. Aqui está o texto que surpreende pela visão oposta que ele propõe.

Ao aceitar as negociações no formato «Normandia», o lado russo e as repúblicas de Donetsk e Lugansk tentaram elevar o nível de maneira a atingir um patamar de respeito para os acordos alcançados durante essas negociações. Vendo o que se tornaram os anteriores acordos assinados em Minsk, os nossos representantes se esforçaram para garantir a boa execução dos presentes acordos, esperando que a presença de destacados representantes ocidentais talvez oferecesse esta garantia. Mas do meu ponto de vista, o actual formato «Normandia» contém um elemento sistémico que impede qualquer das partes intervir como garante. Esta é a razão pela qual este contrato não está assinado, embora concluído. Isto é simplesmente dado ao feito de que nenhuma das partes é capaz de responder pelo que Pietro Poroshenko será em medida, capaz de executar esses acordos. Porque de facto, a Ucrânia já deixou de existir enquanto Estado. Ainda existe de um ponto de vista nominal, nós estamos habituados, o tomamos como uma referencia, mas na verdade, a pessoa que senta-se em Kiev, desde o início, não controla toda a situação, sem falar dos militares, milícias e forças da ordem, que nós sabemos serem muito diversas. Trata-se dos ditos batalhões punitivos, imediatamente subordinados aos oligarcas, como o «sektor pravda» do maïdan, os ditos SBU, insatisfeitos, também eles, e com falta de motivação para seguir as directivas de Kiev. Eles não recebem de Kiev, nenhuma garantia, nem meios, nem ajuda, nem status social. Para Poroshenko, a situação está fora de contrôlo; isto significa que mesmo com a melhor vontade do mundo, ele não poderá tomar a seu cargo nenhuma obrigação.


Depois de treze horas de negociação, ainda estávamos em busca de uma forma de mecanismo que assegurasse a observação de qualquer um, mesmo qualquer um, item dos acordos. O conteúdo dos acordos não será essencial. O essencial, é quem irá responder pela execução dos acordos. Ninguém! Foram necessárias treze horas para compreênder que ninguém garantirá o respeito dos acordos, e se os líderes europeus o assinam, chegaremos tal e qual como no tempo de Yanukovich, um maïdan. Serão como pálidos idiotas incapazes de nada executar do que foi acordado. É por isso que se trata de um problema sistémico, e aqui, apesar de todas os apelos dos líderes europeus, afirmando que o problema não pode ser resolvido pela guerra, eu estou convencido do contrário. Este problema não pode ser resolvido a não ser pela guerra, ao abrigo do qual a Ucrânia deve ser limpa dos representantes da junta e dos «batalhões punitivos» que massacram pessoas inocentes.

Sem comentários:

Enviar um comentário

É aconselhável o comentário tratar do assunto exposto no artigo, caso contrário, arrisca-se a não ser aprovado pelo Tribunal da Inquisição.