Valeryi Korovine. Acordos de Minsk: sem garantia. Decisão de guerra...
Desde esta
quinta-feira (onte-ontem), 12 de Fevereiro 2015, no final da manhã, para
nós, Valeryi Korovine fornece uma análise «a quente» das
negociações que se terminaram em Minsk. Aqui está o texto que
surpreende pela visão oposta que ele propõe.
Ao aceitar as
negociações no formato «Normandia», o lado russo e as repúblicas
de Donetsk e Lugansk tentaram elevar o nível de maneira a atingir um
patamar de respeito para os acordos alcançados durante essas
negociações. Vendo o que se tornaram os anteriores acordos
assinados em Minsk, os nossos representantes se esforçaram para
garantir a boa execução dos presentes acordos, esperando que a
presença de destacados representantes ocidentais talvez oferecesse
esta garantia. Mas do meu ponto de vista, o actual formato «Normandia» contém um elemento sistémico que impede qualquer das
partes intervir como garante. Esta é a razão pela qual este
contrato não está assinado, embora concluído. Isto é simplesmente
dado ao feito de que nenhuma das partes é capaz de responder pelo
que Pietro Poroshenko será em medida, capaz de executar esses
acordos. Porque de facto, a Ucrânia já deixou de existir enquanto
Estado. Ainda existe de um ponto de vista nominal, nós estamos
habituados, o tomamos como uma referencia, mas na verdade, a pessoa
que senta-se em Kiev, desde o início, não controla toda a situação,
sem falar dos militares, milícias e forças da ordem, que nós
sabemos serem muito diversas. Trata-se dos ditos batalhões
punitivos, imediatamente subordinados aos oligarcas, como o «sektor
pravda» do maïdan, os ditos SBU, insatisfeitos, também eles, e com
falta de motivação para seguir as directivas de Kiev. Eles não
recebem de Kiev, nenhuma garantia, nem meios, nem ajuda, nem status
social. Para Poroshenko, a situação está fora de contrôlo; isto
significa que mesmo com a melhor vontade do mundo, ele não poderá
tomar a seu cargo nenhuma obrigação.
Depois de treze
horas de negociação, ainda estávamos em busca de uma forma de
mecanismo que assegurasse a observação de qualquer um, mesmo
qualquer um, item dos acordos. O conteúdo dos acordos não será
essencial. O essencial, é quem irá responder pela execução dos
acordos. Ninguém! Foram necessárias treze horas para compreênder
que ninguém garantirá o respeito dos acordos, e se os líderes
europeus o assinam, chegaremos tal e qual como no tempo de
Yanukovich, um maïdan. Serão como pálidos idiotas incapazes de nada executar do que foi acordado. É por isso que se trata de um
problema sistémico, e aqui, apesar de todas os apelos dos líderes
europeus, afirmando que o problema não pode ser resolvido pela
guerra, eu estou convencido do contrário. Este problema não pode
ser resolvido a não ser pela guerra, ao abrigo do qual a Ucrânia
deve ser limpa dos representantes da junta e dos «batalhões
punitivos» que massacram pessoas inocentes.
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