Economistas e Profissionais a favor da Dracma ( Jacques Sapir, 21/06/2015 )
Uma vez não é costume, publico aqui uma chamada de atenção, de Economistas, Universitários e Profissionais, que se pronunciam a favor de um retorno da Grécia á moeda Nacional.
Depois de 6 anos de sacrifícios humanos "pedidos" á população, a dívida Grega aumentou e representa hoje 180% do PIB (no principio da crise, ela era de 120%), e é evidente que ela não é viável. Este desastre é devido ao plano imposto pela Troika que resulta num completo falhanço, pois fez cair o PIB, entre 2008 e 2015, de 26%. Jamais um País havia subido um desastre de uma tal amplitude em tempo de Paz: o desemprego oficial embarca 27% da população activa, a excessiva austeridade, ideia fixa dos Dirigentes da UE e que visa directamente a estabilidade do Euro, destruiu a economia e ao mesmo tempo mergulhou toda a Europa numa recessão permanente e num equilíbrio de emprego-precário. A Grécia, é frustrante, mas é utilizada como animal de laboratório. Estas linhas são escritas a um momento em que as negociações estão em curso, entre o Governo Grego do Syriza e os credores.
A obsessão da Troika, que pede medidas ainda mais inumanas sem portanto garantir o reembolso da dívida, intensificando o empobrecimento da população, é absolutamente inaceitável, criminal e contas feitas, sem conteúdo. Por que a a partir do momento em que as medidas impostas á economia são totalmente ineficazes e que se traduzam por uma baixa contínua do PIB, aumentação do desemprego e a intolerável (nessas condições) desmoronamento das receitas públicas, claro que esse plano arrogante de austeridade asfixiante deveria ser abandonado, sem a menor hesitação. A saber que, apesar dos riscos e complicações inerentes á saída (algo sem precedentes) da zona Euro, ficar não oferece alguma solução. A economia Grega está devastada e é urgente recorrer a um plano de reconstrucção e desenvolvimento.
A implementação de um tal plano não é possível com a liquidez fornecida ao conta-gotas pela BCE. Na prática, jamais uma economia consegui desenvolver-se no passado, sem liquidez confortável e sem uma inflação sob controle. Por consequência, só um retorno á moeda Nacional poderia, com certas condições, assegurar á economia Grega devastada, a sua reconstrucção e um desenvolvimento rápido, necessário para permitir o reembolso desta parte da dívida que não é odiosa nem vergonhosa.
FONTE : Blog de Jacques Sapir
terça-feira, 30 de junho de 2015
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Grécia : em defesa da Democracia ( Jacques Sapir)
Alguns trechos de um artigo de Jacques Sapir sobre o caso Grego...
Grécia : em defesa da Democracia ( Jacques Sapir, 29 Junho 2015)
« A decisão de excluir a Grécia de uma reunião qualificada informal, após término, do Eurogrupo no sábado 27 Junho, representa o equivalente de um golpe de força por parte do Presidente do Eurogrupo, Srº Jeroen Dijsselbloem. É questão de um acto estranho que viola tanto o espírito como a letra dos tratados da União Europeia. A falta de reacção dos outros participantes é também grave. Este dia foi um dia negro para a Democracia. Neste domingo, 28 de Junho, as pressões sobre a Grécia recomeçaram. Os dias que se seguem podem ser dias negros para a Democracia na Europa e Grécia. Tem de se analisar a extensão das consequências.
A posição do Ministro Varoufakis
Os argumentos avançados pelo Ministro Varoufakis são dos mais sérios, e ele recebeu o apoio de vários economistas de reputação mundial, como por exemplo Paul Krugman e Joseph Stiglitz, dois Prémios Nobel da Economia.
Sempre é possível contestar os elementos da lógica de Varoufakis, Mas teremos então, de nos situar ao mesmo nível que ele. Força é de constatar que não é o caso com as ditas "proposições" formuladas pelo Eurogrupo. Na realidade, este último, não abordou ma só vez a questão do desenvolvimento económico da Grécia, mas unicamente quais os meios e procedimentos para continuar a extorquir desse País, os pagamentos que ele nem pode fornecer. O Eurogrupo, seguiu uma lógica política e não uma lógica económica. »
Para ler o artigo completo, clicar AQUI
Grécia : em defesa da Democracia ( Jacques Sapir, 29 Junho 2015)
« A decisão de excluir a Grécia de uma reunião qualificada informal, após término, do Eurogrupo no sábado 27 Junho, representa o equivalente de um golpe de força por parte do Presidente do Eurogrupo, Srº Jeroen Dijsselbloem. É questão de um acto estranho que viola tanto o espírito como a letra dos tratados da União Europeia. A falta de reacção dos outros participantes é também grave. Este dia foi um dia negro para a Democracia. Neste domingo, 28 de Junho, as pressões sobre a Grécia recomeçaram. Os dias que se seguem podem ser dias negros para a Democracia na Europa e Grécia. Tem de se analisar a extensão das consequências.
A posição do Ministro Varoufakis
Os argumentos avançados pelo Ministro Varoufakis são dos mais sérios, e ele recebeu o apoio de vários economistas de reputação mundial, como por exemplo Paul Krugman e Joseph Stiglitz, dois Prémios Nobel da Economia.
Sempre é possível contestar os elementos da lógica de Varoufakis, Mas teremos então, de nos situar ao mesmo nível que ele. Força é de constatar que não é o caso com as ditas "proposições" formuladas pelo Eurogrupo. Na realidade, este último, não abordou ma só vez a questão do desenvolvimento económico da Grécia, mas unicamente quais os meios e procedimentos para continuar a extorquir desse País, os pagamentos que ele nem pode fornecer. O Eurogrupo, seguiu uma lógica política e não uma lógica económica. »
Para ler o artigo completo, clicar AQUI
sábado, 27 de junho de 2015
Grécia apenas usufruiu de 10% dos empréstimos da Troika
Extracto da intervenção de Eric Toussaint, da Comissão de Auditoria á Dívida Grega, pedida pelo Parlamento Grego. É questão de um trecho, que vai do mn 29:10 a 30:43, da intervenção completa de Eric Toussaint que pode ser vista na totalidade aqui : https://www.youtube.com/watch?v=x_Y3C...
Resumo da Auditoria á Dívida Grega a ler aqui : http://cadtm.org/Leia-aqui-as-conclus...
Intervenção de María Lúcia Fattorelli, ver tradução na descrição do vídeo : https://www.youtube.com/watch?v=LpY_U...
Cerca de 90% dos empréstimos da Troika, escapam á Auditoria, o Banco Central da Grécia, sob tutela do BCE, recusa fornecer os documentos relativos aos movimentos financeiros da Dívida, ao Parlamento Grego. Mais que evidente, que cerca de 90% dos empréstimos, foram parar nos bolsos dos banqueiros.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
Conclusões da auditoria á divida Grega
Eis um relatório sobre a divida Grega, no qual se realça que os empréstimos ao Estado-Grego, en nada beneficiaram os cidadãos gregos, mas sim unicamente a Banca. Portanto, os Bancos devem arcar com a divida, não os cidadãos.
Um pequeno extrato :
"Capítulo 8
A dívida aos credores privados deve ser considerada ilegal porque os bancos privados atuaram de forma irresponsável antes da criação da troika, falhando o respeito pela devida diligência (due dilligence), enquanto alguns credores privados como os hedge funds atuaram também de má fé. Pares das dívidas aos bancos privados e hedge funds são ilegítimas pelas mesmas razões pelas quais são ilegais; por outro lado, os bancos gregos foram recapitalizados pelos contribuintes de forma ilegítima. As dívidas aos bancos privados e aos hedge funds são odiosas, já que os maiores credores privados tinham consciência de que estas dívidas não foram contraídas em nome do interesse da população, mas para seu benefício próprio. "
Ler a totalidade do artigo no CADTM
Um pequeno extrato :
"Capítulo 8
A dívida aos credores privados deve ser considerada ilegal porque os bancos privados atuaram de forma irresponsável antes da criação da troika, falhando o respeito pela devida diligência (due dilligence), enquanto alguns credores privados como os hedge funds atuaram também de má fé. Pares das dívidas aos bancos privados e hedge funds são ilegítimas pelas mesmas razões pelas quais são ilegais; por outro lado, os bancos gregos foram recapitalizados pelos contribuintes de forma ilegítima. As dívidas aos bancos privados e aos hedge funds são odiosas, já que os maiores credores privados tinham consciência de que estas dívidas não foram contraídas em nome do interesse da população, mas para seu benefício próprio. "
Ler a totalidade do artigo no CADTM
domingo, 7 de junho de 2015
[ALERTA] A caminho de um imposto sobre o dinheiro líquido ?
Um imposto sobre a moeda física está a chegar!
Para fazer frente á crise de 2008, a FED e outros Bancos Centrais, escolheram uma opção bombástica. Imprimiram mais de 11 triliões de dollars e mantêm as taxas de juros próximas de zero desde á 6 anos para cá.
Todos esses esforços se concentraram sobre um objectivo : reduzir a atractividade do dinheiro líquido e impulsionar os investidores e depositantes para os activos a risco.
Mas essas políticas falharam em relançar o crescimento.
Em vez de admitirem o erro, os Bancos Centrais estão agora a tomar medidas extremas para destruir o dinheiro líquido e assim atirar contra-vontade os investidores para os activos a risco.
As coisa complicaram-se mais no mês de Junho de 2014, quando a BCE decidiu passar as taxas de juro abaixo de 0%, obrigando assim os depositantes a pagar para conservar o seu capital sob a forma de divisas.
Desde então, a Dinamarca, a Suíça e outros seguiram o seu exemplo.
Os Bancos também seguiram o mesmo exemplo. Julius Baer, da JP Morgan, e outras firmas, começaram a impôr taxas de depósito aos seus maiores clientes. JP Morgan declarou abertamente querer perder 100 mil milhões de dollars em depósitos.
E isto é só o princípio. Há cada vez mais indicadores de que os Bancos Centrais tentam impôr uma taxa aos clientes que não gastam seu dinheiro depositado...ver mesmo fazer desaparecer todo dinheiro líquido.
Mas vejamos o que há mais de interessante nisto tudo. Tudo indica que assistimos a uma guerra de inovação no que diz respeito ás taxas de juro. Nós conseguimos assistir a uma crescente criatividade da parte da Banca, para "empurrar" ainda mais as taxas de juro em território negativo, indo mesmo ao completo abandono de dinheiro líquido e sua depreciação.
Enquanto que a moeda física será disponível como alternativa aos consumidores que desejem retirar dinheiro líquido de seus depósitos, a capacidade da Banca para influenciar os juros será limitada.
http://www.bloomberg.com/news/articles/2015-04-23/negative-interest-rates-may-spark-existential-crisis-for-cash
Como diz um velho ditado : "podemos levar o cavalo até á água, mas não o podemos obrigar a beber". A FED e outros Bancos Centrais, levaram o cavalo á água. Mas o cavalo não quis beber. Agora pensam em forçar a cabeça do cavalo dentro da água até que beba.
Um imposto sobre o dinheiro líquido é muito próximo. A FED e outros, farão todo o possível para desaparecer com os depósitos. Na Europa, mais de 40% das Obrigações Soberanas (divida soberana) estão negativas em termos nominais ( os investidores pagam para as conservar).
E isto é só o principio.
Pode parecer uma loucura, mas eu posso assegurar que a Banca toma este tipo de proposições muito a sério. O QE ( quantitative easing) parecia muito insensato em 1999, mas depois atravessamos três episódios, num total de mais de 3 triliões de dollars.
Em 1999, ninguém pensava que a FED pudesse imprimir em toda a impunidade 3 triliões de dollars de QE. Foi portanto o que se passou. E visto que esses programas não conseguiram relançar o consumo nem o crescimento económico, não seria surpreendente ver a FED tomar medidas mais radicais nos próximos meses.
FONTE : 24hgold.com
Mais informações aqui
Para fazer frente á crise de 2008, a FED e outros Bancos Centrais, escolheram uma opção bombástica. Imprimiram mais de 11 triliões de dollars e mantêm as taxas de juros próximas de zero desde á 6 anos para cá.
Todos esses esforços se concentraram sobre um objectivo : reduzir a atractividade do dinheiro líquido e impulsionar os investidores e depositantes para os activos a risco.
Mas essas políticas falharam em relançar o crescimento.
Em vez de admitirem o erro, os Bancos Centrais estão agora a tomar medidas extremas para destruir o dinheiro líquido e assim atirar contra-vontade os investidores para os activos a risco.
As coisa complicaram-se mais no mês de Junho de 2014, quando a BCE decidiu passar as taxas de juro abaixo de 0%, obrigando assim os depositantes a pagar para conservar o seu capital sob a forma de divisas.
Desde então, a Dinamarca, a Suíça e outros seguiram o seu exemplo.
Os Bancos também seguiram o mesmo exemplo. Julius Baer, da JP Morgan, e outras firmas, começaram a impôr taxas de depósito aos seus maiores clientes. JP Morgan declarou abertamente querer perder 100 mil milhões de dollars em depósitos.
E isto é só o princípio. Há cada vez mais indicadores de que os Bancos Centrais tentam impôr uma taxa aos clientes que não gastam seu dinheiro depositado...ver mesmo fazer desaparecer todo dinheiro líquido.
Mas vejamos o que há mais de interessante nisto tudo. Tudo indica que assistimos a uma guerra de inovação no que diz respeito ás taxas de juro. Nós conseguimos assistir a uma crescente criatividade da parte da Banca, para "empurrar" ainda mais as taxas de juro em território negativo, indo mesmo ao completo abandono de dinheiro líquido e sua depreciação.
Enquanto que a moeda física será disponível como alternativa aos consumidores que desejem retirar dinheiro líquido de seus depósitos, a capacidade da Banca para influenciar os juros será limitada.
http://www.bloomberg.com/news/articles/2015-04-23/negative-interest-rates-may-spark-existential-crisis-for-cash
Como diz um velho ditado : "podemos levar o cavalo até á água, mas não o podemos obrigar a beber". A FED e outros Bancos Centrais, levaram o cavalo á água. Mas o cavalo não quis beber. Agora pensam em forçar a cabeça do cavalo dentro da água até que beba.
Um imposto sobre o dinheiro líquido é muito próximo. A FED e outros, farão todo o possível para desaparecer com os depósitos. Na Europa, mais de 40% das Obrigações Soberanas (divida soberana) estão negativas em termos nominais ( os investidores pagam para as conservar).
E isto é só o principio.
Pode parecer uma loucura, mas eu posso assegurar que a Banca toma este tipo de proposições muito a sério. O QE ( quantitative easing) parecia muito insensato em 1999, mas depois atravessamos três episódios, num total de mais de 3 triliões de dollars.
Em 1999, ninguém pensava que a FED pudesse imprimir em toda a impunidade 3 triliões de dollars de QE. Foi portanto o que se passou. E visto que esses programas não conseguiram relançar o consumo nem o crescimento económico, não seria surpreendente ver a FED tomar medidas mais radicais nos próximos meses.
FONTE : 24hgold.com
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